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Os arquétipos de Carl Jung e a individualização

Os arquétipos de Carl Jung ajudam a construir uma comunicação autêntica e forte, essencial para se destacar no competitivo mercado atual. Descubra como identificar e aplicar esses arquétipos na sua marca pessoal para fortalecer sua imagem e aumentar sua conexão com o público.

carl jung

11 minutos

As estratégias de comunicação, considerando o mundo offline e online, podem ser diversas. O importante é ter em vista um caminho para trilhar a sua, e como vimos em um The Post anterior, tudo comunica e se você quer se posicionar de forma autêntica e forte no mercado profissional que está inserido, precisa se atentar a isso. Vamos conhecer uma estratégia de construção de imagem e comunicação?

Os arquétipos

Nos dias atuais, onde a competitividade profissional se mostra cada vez mais intensa e a individualização do ser humano, no quesito da sua autenticidade, vem sendo pauta para muitas pesquisas, como o trabalho do psiquiatra e psicoterapeuta Carl Jung e os arquétipos junguianos, que contribuiu muito com a psicologia analítica.Para Jung, os arquétipos representam as motivações básicas dos humanos que são difundidas socialmente, ou seja, traços de personalidade, valores, crenças e premissas herdados coletivamente e de maneira inconsciente.

O que são os arquétipos dentro do universo business e da comunicação? Por que eles podem impactar tanto a sua comunicação? O termo arquétipo é originado por duas palavras gregas: archein, que significa original, e typos, que se refere a padrão. Basicamente, dentro de toda marca, trata-se de um modelo que padroniza indivíduos, conceitos, objetos e criações em geral.

Sendo assim, a mesma lógica se aplica aos arquétipos de marcas famosas, que estabelecem uma identidade marcante para si. Dessa forma, os consumidores conseguem se identificar com mais facilidade com os objetivos, propósitos e até desafios das organizações, gerando então um senso de pertencimento e comunidade, partindo também do inconsciente coletivo.

Para contextualizar: você entende a diferença de marcas profissionais e pessoais? Ambas são profissionais, embora o nome, elas tem diferenças pequenas. Enquanto uma marca engloba produtos, serviços e não necessariamente tem uma pessoa como uma figura que a represente, como a própria Coca-Cola, em uma marca pessoal, você é o principal ponto. Saber em qual exemplo você se encaixa, é importante para desenhar toda a sua estratégia de comunicação, começando pelo seu propósito e posicionamento, passando por cada tipo de comunicação como trouxemos por aqui hoje.

Se no marketing, os profissionais trabalham os arquétipos para gerar conexão da marca com o seu cliente, de forma original e humanizada, como podemos trazer os arquétipos para a construção da comunicação da sua marca pessoal?

Ao todo, eles foram divididos pelo autor, Carl Jung, em 12 tipos principais e veremos a seguir como podemos pensar neles, dentro da identidade uma marca:

O herói

O arquétipo do herói está relacionado ao desejo de resolver problemas e deixar uma marca positiva no mundo. Por isso, marcas que escolhem esse arquétipo adotam, também, o perfil do esforço,da dedicação e do desafio da conquista, como é o exemplo da Nike.

Ao agregar esse arquétipo à sua personalidade e construção profissional, você agrega também o pilar, do foco, da dedicação, superação, é aquele profissional que entrega a demanda, sabe? Geralmente muito relacionado aos atletas e empreendedores na área do esporte também.

O cara comum

Quem aqui não conhece a marca brasileira Havaianas? Pois esse é o exemplo perfeito de linguagem de um arquétipo “cara comum”. Imagina o que a marca te lembra?

O arquétipo de marca do cara comum está muito atrelado à ideia de simplicidade. Ou seja, as marcas que adotam esta postura têm o objetivo de pertencer ao mesmo grupo dos seus consumidores para se conectar melhor com ele. Será que um dos pilares que adicionam a sua identidade profissional seria a simplicidade? O básico?

O Mago

Já o arquétipo do mago evoca valores como a coragem, a liberdade, a criatividade e o desejo de experiências inovadoras. Assim, quando uma empresa adota este arquétipo de marca, ela adota também o propósito de criar algo especial ou transformar sonhos em realidade.

Algumas grandes marcas que adotam esse arquétipo de marca em sua identidade são, por exemplo, a Disney e a Redbull.

O inocente

Já imaginou como seria esse arquétipo aplicado às marcas? Empresas que escolhem o arquétipo do inocente buscam despertar valores fortes e associados à moralidade e ao tradicionalismo. Dessa forma, elas são vistas como simples, honestas, confiáveis e costumam ter consumidores leais à sua marca.

Um exemplo muito presente do tradicional arquétipo de marca inocente é a Coca-Cola. Afinal, quando lembramos da marca, automaticamente, remetemos à ideia de infância ou de almoço de domingo em família. Trazendo à tona sentimentos que se baseiam em valores duradouros. Não é mesmo?

O explorador

O arquétipo de marca do explorador está relacionado a ideias como aventura, ousadia, coragem e liberdade. Pensa em alguma marca assim? Empresas que adotam este traço, tendem a proporcionar e incentivar experiências marcantes aos seus consumidores.

Geralmente, é comum vermos este arquétipo de marca associado a empresas automotivas, como a Jeep. Estas empresas costumam instigar o sentimento de ambição para explorar o mundo a ser descoberto com pequenas — ou grandes — quebras na rotina e muita aventura. Será que você tem traços de um explorador?

O sábio

É o responsável por estimular o aprendizado constante e incentivar os consumidores a conhecerem melhor o mundo. Para isso, empresas que adotam esta personalidade apostam em produtos sistemáticos, dados lógicos, informação… conhecimento.

Um grande representante desse arquétipo é o Estadão, por exemplo. Com 147 anos de existência, é o mais antigo dos jornais da cidade de São Paulo ainda em circulação. Ele compartilha valores que exaltam a informação como uma forma de entender o mundo e conquistar grandes resultados. Esse arquétipo fica claro também em marcas pessoais dos professores e pesquisadores.

O fora da lei

O arquétipo de fora da lei é, também, conhecido como o anti-herói. Ou seja, ele instiga a disrupção, a rebeldia, os tabus, rompe com as convenções tradicionais e incentiva seus consumidores ao mesmo.

Um grande exemplo desse arquétipo de marca é a Converse, empresa muito conhecida pelos tênis All Star. A marca promove um estilo de vida livre, que foge às regras e a à rotina. Não à toa, o tênis foi uma febre entre jovens amantes de rock nos anos 50 e 70 e hoje prevalece com o prediletismo. Seria você uma pessoa mais ousada?

O criador

Está relacionado à criatividade e à produtividade. Assim, marcas que adotam este perfil proporcionam aos seus consumidores maneiras para se expressar e estimular a imaginação e a criatividade.

A Lego e a Faber-Castell, por exemplo, são empresas que têm este arquétipo. O que fica claro quando pensamos na imagem das marcas. Geralmente, elas estão associadas a crianças construindo coisas novas. O famoso gostinho de infância.

O governante

É representado por marcas que assumem uma posição de liderança em seu mercado. Estas marcas são organizadas, confiáveis e, principalmente, respeitadas por seus clientes e por seus concorrentes.

Empresas que assumem este perfil estão relacionadas ao poder e ao prestígio. Como é o caso da Mercedes-Benz, da Microsoft ou da Rolex. Todas empresas que trazem consigo o status relacionado à marca, um desejo de ter algo dessa marca muito grande.

O amante

Ao contrário do que o nome sugere, o arquétipo do amante não está relacionado ao sentimento romântico, mas à sensualidade, à intimidade, à raridade e a conexão.

Por isso, empresas que ativam esse arquétipo não podem apenas vender determinado produto, e sim, gerar uma experiência de compra baseada em conexão e exclusividade.

Geralmente, são gatilhos encontrados em marcas de jóias, moda ou bebidas, como é o caso da Tanqueray e Victoria’s Secret.

O bobo da corte

O arquétipo do bobo da corte está muito relacionado à diversão. Dessa forma, marcas que adotam este posicionamento costumam ser acessíveis, alegres, espontâneas e com uma comunicação leve, apostam simplicidade!

Grandes exemplos são as marcas de cerveja, como a Skol. Mas, além delas, a Netflix também se destaca como uma grande empresa que explora este arquétipo.

O cuidador

Para finalizarmos os 12 arquétipos, o do cuidador ou do prestativo está relacionado à generosidade, à compaixão e à afetividade.Nesse sentido, as marcas que escolhem este traço de personalidade são aquelas que se posicionam como uma solução para facilitar a vida de seus clientes.

Por isso, estas marcas também estão associadas à tradição e à confiança, como é o caso da OMO e da Johnsons & Johnson, por exemplo. Ambas se consolidaram no imaginário coletivo como cuidadoras da família. Alguma outra marca te vem à cabeça?

Como identificar os arquétipos para a minha marca?

A grande verdade, é que nós somos a nossa própria marca independente de qualquer escolha de ter a sua própria marca ou não, partindo do momento que você está dentro do mercado de trabalho. A sua marca pessoal, é quem você se torna profissional e quando fortalecida, potencializa os seus diferenciais.

Portanto, independente se você tem uma empresa com diversos colaboradores, ou trabalha para uma, ou você é a sua própria "EUpresa", estamos falando de marcas que devem ser cuidadas, se você quer que a sua comunicação seja assertiva. Se você escolher usar estrategicamente os arquétipos para alinhar a sua comunicação, é recomendado que pense na escolha de três temperos para essa receita. Foque na escolha dos três que mais se identifica a sua personalidade, tenha um como maior referência e os outros dois como complementos. Então, é começar a alinhar toda a sua comunicação e marca em torno disso, assim você consegue ter desde um posicionamento forte até a sua comunicação mais assertiva!

Entender sobre a sua marca profundamente, é o que te faz entender a mensagem que deseja transmitir na sua comunicação, potencializando muito a sua entrega profissional no mundo. Então, qual seria a personalidade da sua marca e o que ela vem comunicando sobre você?